Mudanças são sempre necessárias (sim!)



  To com vontade de mudar tudo. Cabelo. Paredes do quarto. Gosto por filmes. Alimentação. Rotina. Vida toda. Sabemos que uma reviravolta na forma de vivermos faz um bem danado. Além de olharmos as coisas com outro ponto de vista, adquirimos novas experiências, que é uma bagagem que levamos conosco pra sempre. Mas, nem tudo são flores. Sonhamos grande. As vezes caímos grande e o medo, ah, esse nem se fala! 
  Ter medo parece ser psicológico. Parece que inventamos algo só para contrariarmos-nos, quando, na verdade, as coisas são simples e fáceis. Nós complicamos t-u-d-o! 
   Chegar a certa fase da vida e ter medo de vivê-la pode ser normal. Deixar de ser feliz e aproveitar as oportunidades que surgem pelo seu caminho é jogar fora um pedaço de vida. Pedaço esse que, talvez, nunca voltará pra você de novo! 
    A vida é recheada de coisas boas e ruins. Vamos tropeçar sim. Vamos cair sim. E você verá que, daqui muitos anos, tudo fez sentido. A visão do alto é muito mais bonita. Pode apostar.
    Pois é. Dois dias inteirinhos pensando e planejando sonhos que nem se quer começaram a se realizar. Porque? Eu não sei. Sair da zona de conforto não é nada fácil, mas é preciso. Estamos aqui pra viver, não é mesmo? Então, que seja da melhor forma: assumindo nossos erros e arrependimentos, mas nunca deixando para trás algo que possa deixar marcas em nossa vida toda e mudar nossa história. Somos maiores que todos os nossos medos.




  

Deixa eu te contar


  
Parece pouco, mas minha alma se enche de ternura ao ouvir seu nome. Logo depois já imagino seu sorriso largo com uma carga dentária de dar inveja. E o gosto do beijo? Que saudade!
  Faz tempo que a gente não se vê por ai. Nessa cidade tão grande sempre sinto o cheiro do seu perfume pelas ruas. Provavelmente de alguém que tem um ótimo gosto pra fragrâncias como você. 
  Aqueles livros seus na minha estante insistem em formar uma linda combinação de cores com os meus. Se me ligar dizendo que quer vir buscar, te direi que doei todos. Não ouse desordenar minha estante da mesma forma que desordenou toda minha vida.
  As flores daquele jarro verde água que me deu murcharam. Igual nosso amor. Secou sem termos controle dele. 
  E aquele mapa da minha agenda marcado com todos os nossos futuros destinos de viagens? Precisei arrancar e jogar no lixo. Mas ainda insiste em ficar na minha memória.
  Optei por não comer mais miojo sabor pizza. É que, sabe, me faz lembrar aquelas nossas noites em que você vinha pra cá e ficava com preguiça de cozinhar pra mim.  
  Desfiz muitas coisas pra minha vida voltar a ser como era antes de você. Voltei a ser eu. Frequentar os lugares de antes. Eu vivo bem. Só que sozinha. 
  Apesar de tudo, sempre me lembro dos nossos momentos bons quando dizem teu nome. Parece pouco, né? Mas ta sendo difícil aqui. 
  Precisei te contar que você bagunçou toda a minha vida com direito a jogar a aliança no bueiro da rua e sentar no canto do quarto pra chorar até todo o meu coração se sentir vazio, dessa vez de verdade.  Precisei te ligar, te contar tudo isso e deixar escorrer mais algumas lágrimas em meu rosto. Precisei te dizer que meu coração ficou vazio, mas, minha vida segue, com ou sem você. É inevitável.

O que tem por trás das lágrimas


   Quando era criança, chorava por um brinquedo que estragava. Chorava pelas broncas que minha mãe me dava por não ter guardado as bonecas. Hoje, os motivos que fazem as lágrimas escorrerem multiplicou.
  Sei meu nome, meu endereço e minha cor preferida. Porém, desconheço a criatura que mora bem aqui dentro. Ela é confusa. Abala-se pelas pequenas coisas. Hoje, não são as causas que me fazem chorar, e sim, o porquê delas.
  Não reconhecer a si próprio te faz ter alguns nós. Na garganta. No estomago. No coração. Eles se desfazem quando percebemos que o erro é a nossa mente, que anda sempre para o lado contrário. 
  Quando tudo parece normalmente bem, pronto, me desabo no poço das minhas mais terríveis fraquezas. Dói. Corrói. Um ciclo sem fim.
  “Sempre estrago tudo”, “Faço todas as coisas darem errado”, “Nunca dará certo comigo”... Como alguém permite ter pensamentos assim? O futuro não é feito como uma receita de bolo. Nossas atitudes refletem nele sim, mas, a vida bagunça tudo em poucos segundos. O engraçado é que, mesmo sabendo disso, ainda insisto em me machucar. É sempre mais fácil a autodestruição do que olhar pra cima e levantar, cheia de esperanças para começar assim uma nova fase. Dizem que as coisas difíceis são as que mais valem a pena. Concordo.
  Somos seres humanos. Cheio de erros, defeitos, bipolaridades e complexos. Alguns são mais fortes e consegue enfrentar tudo isso sem nenhum problema. Outros parecem desistir na primeira oportunidade que tem, ou, antes mesmo de tê-la. É importante sempre lembrar que nunca estamos sozinhos. Sempre tem alguém. Longe ou perto. A 5 ou 350km de distancia. Essa pessoa pode te ajudar a passar por tudo isso. Se achar melhor guardar pra si, tudo bem, desde que jogue toda essa tristeza pra fora, seja desenhando, escrevendo ou cantando bem alto sua musica preferida.
  Chorar faz parte da vida. Até alivia. Mas, os motivos que te levam a isso não podem ser maiores que sua vontade de descobrir o mundo. Não podem ser maiores que seus sonhos. Não podem ser maiores que sua força.
Não podem ser maiores que você!

Se a gente lembra só por lembrar


    Jamais retirem de um homem as mais variadas formas que ele montou para de fato sentir que existe. 
Não ouse retirar de um homem intelectual todos os livros que ele está prestes a ler na próxima semana.
Não arranque dos braços de um homem apaixonado a mulher a quem ele venera.
Não desminta as crenças do seu semelhante.
Não ouse arrancar de um músico seus dedos, sua voz, seus perfeitos acordes e sua melodia. Não arranque de um visionário seu ponto de vista brilhante.
Não diga a um jovem que ele não passa de um consumista ou um infrator.
Não crie verdades que não cabem dentro da realidade.
Não acabe com um sonho se não for capaz de sustentar uma das maiores dores, uma das mais variadas formas de perda.
Não se submeta a participar de um grupo onde suas ideias se quer são ouvidas.
Não aceite opiniões se de fato não crê na essência das mesmas.
Acredite em heróis, se inspire neles e faça de você um herói.
Brilhe para os caminhos que escolheu, desenvolva com excelência todo o que escolhera. Arrisque-se ao novo, mas, não arranque a garrafa de bebida de um homem que se embriaga. Reinvente seus argumentos, busque conhecer mais, conheça mais de si mesmo, para que não seja vitima da frase: “Maria vai com as outras.”
Esteja certo daquilo que escolheu.
Seja bom o suficiente para não arrancar o brinquedo predileto da criança que escolheu ser bailarina.
Seja mais convicto, derrame esperança ao invés de ser mais um entre mil críticos que já existem.
   Existe um enorme espaço de significado entre querer e fazer.  Pensar nisso faz você evoluir. Existem mil coisas que devemos pensar, existem mil teses a serem expostas. Neste momento existe um número absurdo de fatos acontecendo e, neste exato momento há também um número extremamente absurdo de almas se indo (...) este texto não é um texto de autoajuda ou motivação. Neste texto não há números, pois nos tornamos frio a cada estatística lançada. Paramos de enxergar nosso semelhante. Não passamos apenas de números. 
  Onde está a raça humana que gritou para o fim dos absurdos, para o fim da corrupção? Onde estão os apaixonados de alma, onde estão os sentimentos inspiradores? Estamos nos perdendo galera. Aliás, estamos nos deixando se perder, pois eu e você sabemos que podemos mudar. Eu melhoro o mundo com as palavras, com minhas frases reflexivas, com um sorriso e um bom dia. Você, sim você poderia mostrar não só pra mim, mas também para o mundo inteiro como você pode mudá-lo. Todas as ações contam. Jamais ouse viver a vida e não ter boas histórias a contar.
— Um less.

(Obrigada por completar minhas palavras de um jeito único.
Obrigada por me dar todos os dias grades doses delas♥)


Os nossos finais felizes


  Sem príncipe encantado, beijo apaixonado ou sapato de cristal. Porque, para o final ser feliz, tem que terminar exatamente assim?
  Vamos falar sério, relações perfeitinhas devem ser um saco! Imagina um namoro sem loucas crises de ciúme, brigas por causa do controle remoto ou pelo ultimo pedaço de torta.
  Imagina passar todos os dias de sua vida de batom vermelho, cabelo impecável, pele fabulosa e um vestido maravilhoso. Terno, cabelo penteado e bom humor como um verdadeiro príncipe. Qual a graça? Bem melhor deixar isso só pros contos de fadas!
  Na realidade as coisas são bem diferentes.
  Ele é lindo com a barba mal feita, cabelo bagunçado e moletom bem largado. Me acha linda de pijama, coque e nenhuma maquiagem no rosto. E o melhor de tudo: somos felizes assim.
  Nos amamos. Por 24 horas? Impossível! Pelo menos por 5 minutos tenho vontade de matá-lo. O resto é amor, ciúmes, te amo, saudades, vemk e me abraça.
  Não foi amor a primeira vista. Foi amor descoberto aos poucos. Não demorou muito. Mesmo se demorasse tínhamos todo o tempo do mundo, sem terminar com um simples “e viveram felizes para sempre...”
  Vivemos muito além disso.
  Nos amamos pelo o que somos. Pelo o que nos tornamos um para o outro. Cada detalhe fez toda a diferença, até mesmo saber que seu sorvete preferido é de milho.
  O final parece realmente muito longe. Mas, a felicidade está aqui, todos os dias.
Meu príncipe não precisou chegar em um cavalo branco. Não precisou ser perfeito e ter uma vida dos sonhos. Somos diferentes. Nos completamos porque aceitamos nossos defeitos. Isso sim é relação perfeita, mesmo com “você é um otário”, “seu besta”.
  Quando há amor, qualquer relacionamento fica a altura de se tornar um livro de conto de fadas, porém, sem um final.

Resenha: De volta aos quinze - Bruna Vieira

Ois, tudo bem com vocês? Essa é a primeira resenha que faço aqui no blog devido eu ter ficado tanto tempo afastada dos meus livros :( Quero  voltar com tudo pra esse mundo da literatura, afinal, pra escrever bem e nunca faltar inspiração é preciso ler MUITO.  
A resenha de hoje é do livro De volta aos quinze da escritora Bruna Vieira, da série Meu primeiro blog.
Sinopse:
Anita tem 30 anos, e sua vida é muito diferente do que ela sonhou para si. Um dia, ao reencontrar seu primeiro blog, escrito quando tinha 15 anos, algo inusitado acontece, e tudo ao seu redor se transforma de repente. Com cabeça de adulto e corpo de adolescente, ela se vê novamente vivendo as aventuras de uma das épocas mais intensas da vida de qualquer pessoa: o ensino médio. Ao procurar modificar acontecimentos, ela começa a perceber que as consequências de suas atitudes nem sempre são como ela imagina, o que pode ser bem complicado. Em meio a amores impossíveis, amizades desfeitas e atritos familiares, Anita tentará escrever seu próprio final feliz em uma página misteriosa na internet.



Sabe aquela historia que te prende até o final? A Bruna soube direitinho fazer exatamente isso. Me 
identifiquei muito com a personagem principal, a Anita. Ela é insegura, frágil e acredita que praticamente todas as coisas dão errado por sua culpa. 
Esse livro me fez refletir muito sobre como eu me posiciono em relação aos meus problemas e os problemas das pessoas que me cercam. As vezes  nos esforçamos tanto pra arrumar a vida de alguém que a nossa própria vida está a maior bagunça, sem saber por onde começar a arrumar tudo.                             


A personagem sonha em ser feliz como qualquer outra pessoa. Ela acaba percebendo que essa felicidade sempre esteve bem perto, mas ela nunca tinha notado.
 
O que eu faria se pudesse voltar no tempo?  A melhor resposta seria: não voltaria. Acho que as coisas acontecem por algum motivo e, se eu mudasse o passado, o presente não seria da forma que é hoje. Se as coisas fossem diferente eu não teria conhecido as pessoa que mudam meus dias. Pra melhor.

Anita tem uma coragem que eu não tenho. Apesar de toda uma confusão em sua vida, ela não deixou a determinação de lado e correu atrás do que queria, simples assim. A gente é que tem mania de complicar as coisas, as vezes.

  Coisas ruins acontecem para as boas virem depois. É sério! Nenhuma tempestade é eterna. No livro isso fica bem evidente.

Nem sempre sabemos lidar com todos os nossos problemas, né? Mas a vida, mesmo complicando, acaba ajudando e dando o rumo certo das coisas. As vezes o caminho parece bem torto, mas é necessário segui-lo, sem medo. O destino nos reserva muitas coisas.
Ah, e felicidade não é um sonho ou coisa que planejamos pro futuro, viu? A felicidade é agora! Pode estar bem ai do seu lado, esperando você dar uma oportunidade. 






Uma xícara de amor, por favor


  
 Moço, te olhei e já te quis. Esse meu coração não cansa de se apaixonar. Bastam alguns segundos, uma trilha sonora bem distante no meu pensamento e algumas borboletas no estomago. Pronto, todas as minhas expectativas de um amor perfeito voltaram.
  Não sei explicar, mas um olhar sincero diz tanta coisa que nenhuma paisagem de céu com andorinhas voando são tão bonitas quanto ele. 
  Você é o tipo de cara que eu encontraria na biblioteca e ficaria observando por horas, me esquecendo até do livro que procurava.
  Na casa do lado, bem na varanda, os acordes do violão reproduziam um som perfeito. Bem ali eu te vi, te vi e já te quis. Pela segunda vez.
  Corri pra alcançar o metrô que já estava prestes a sair. Me sentei rapidamente, quando me viro pra olhar a janela, veja só, ao meu lado, com o cabelo todo bagunçado.
  Carinho com o polegar na palma da mão. Cabeça no ombro. Coração com coração.
  Era setembro. Chovia. Dividimos a mesma sombrinha. Dividimos o mesmo abraço.
  Era amor. Sem status e sem endereço único. Sem escova de dente juntas ou pernas entrelaçadas pra aquecer no frio. De uma coisa sabíamos, com toda a certeza: era amor.
  Ríamos. Falávamos besteiras. Éramos melhores amigos. Somos. Fazíamos planos até pra ir visitar marte. Ele sabia o quanto eu sou apaixonada por astronomia.
  Naquele lugar de sempre. No mesmo horário e com as mesmas pessoas, eis que surge uma diferente. Jaqueta Jeans, sorriso de lado, olhos nos meus e sorriso com o meu. Arrumadinho. Meu.
  Eu sempre pedia café, pra estimular meu nível de dopamina. Mas, naquele dia, uma simples xícara seria insuficiente. Descobri algo muito mais forte, que além de alimentar minhas queridas borboletas, me traz uma felicidade tremenda.
— Uma xícara de amor, por favor!

02 de junho de 1998


 O tempo passa. Pra todo mundo. É até interessante porque as vezes ele parece um ser estático. É como se o ponteiro do relógio continuasse dando voltas mas a vida permanecesse no mesmo lugar. Ou o contrário, mil acontecimentos que não cabem em 24 horas.
  17 anos atrás, as seis e tantas da manhã eu nasci. Estava frio e nublado, típico de mês de junho. Fui pra casa com um macacãozinho amarelo, e veja só, minha cor preferida.
  Comecei a falar com sete meses. Meu pai esperando eu dizer “papa”, “pa” ou “pai”, mas disse mamãe.
Nunca fui muito bagunceira. Eu tinha uma sacola cheia de brinquedos e todos os dias espalhava tudo pelo chão, e quem disse que eu guardava depois? Era muita briga, mas nada adiantava. Pois é, a preguiça já me acompanha a muitos anos. Minha mãe colocava as roupas secarem no varal e eu deixava a marca da minha mão suja de terra nelas. Coisa de criança, né? 



  Enfim, eu cresci. Ok, não em altura, mas em idade. Já mudei muitos gostos. Já gostei de carnaval e funk. Já fui viciada em internet. Já quis muito ser uma “guru” famosa do youtube. Já tentei mudar pra agradar as pessoas e percebi que isso simplesmente não existe. Já fui mais complexada. Hoje sou o qeu sou e é isso. 

  Durante meu percurso fiz amizades. Grandes amizades. Pequenas. As que vou levar pra vida toda e as que me decepcionaram muitíssimo. Posso dizer que tenho do meu lado as pessoas que eu mais amo e que quero comigo pra sempre.


  Ando cheia de sonhos. 
Que o papai do céu me dê forças, saúde e determinação para realizar todos eles. Amém.
  Eu aprendi que em certas fases da vida a gente precisa parar e se perguntar: “Ei, é isso mesmo que você quer? Você realmente precisa dessa pessoa do seu lado? Vai ficar mal pelo oque as pessoas dizem? Presta atenção! Se orgulha da pessoa que você se tornou hoje! Foca em suas metas e dê a devida atenção a/ao quem/oque merece.” Já tenho a necessidade de fazer isso.
  Olhar fotos antigas me da uma saudade enorme. Mas aquela saudade gostosa sabe? Que traz as melhores lembranças.
  Apesar de que eu não gosto de fazer aniversário, capítulos precisam ser encerrados.
  Mais uma primavera termina.
   E que não só no meu dia, mas em todos, eu nunca deixe de sorrir.  De amar. Nunca deixe as pessoas que me fazem bem ir embora. Que eu nunca seja egoísta com meus próprios erros e aprenda sempre com eles a melhorar. Pra mim.
  É difícil perceber que agora, quanto mais o tempo passa, mais difícil fica. Difícil crescer quando não se sabe se esta preparada pra isso.
  A partir de agora é um novo capitulo a ser escri....



As vidas que deixei pra trás


  Sou temperamental. Culpa dos genes da minha mãe. Minha paciência ganhei do meu pai (serei eternamente grata por  isso). Sou de pensar muito, de deixar as coisas pra depois. As vezes eu me reflito como um espelho. Começo a olhar pra dentro de mim mesma e a enxergar o que sou para as pessoas. Como sou. Porque sou. Nunca encontro as respostas.  
  Confesso que eu era mais complexa. Vivia me autodestruindo como se isso resolvesse meus problemas. As vezes fazia de vitima pra mim mesma. Tentava esconder o que estava na frente dos meus olhos. Insistia em dizer pra mim “Ei, para! Nada vai dar certo, não adianta. Elas já não dão agora, porque darão depois?”. O porquê disso? Eu não sei. Faz parte.
  Já fui meio “da zoera” quando o assunto é estudos. Primeiro ano do ensino médio: “porque preciso saber essa droga de a=Δ
v/Δt?” E a resposta só veio no ultimo ano, quando percebi que dependia daquela formula pra ver meu nome na lista de aprovados da faculdade dos meus sonhos.
  Tentar entender e “entrar” no mundo dos meninos nunca foi meu forte ou algo que eu tivesse muito interesse. Era a atrasada da turma nesse quesito. Enquanto elas ficavam, eu lia, escrevia, cultivava verdadeiras amizades virtuais e me sentia bem comigo mesma, sem precisar de alguém pra me dar a felicidade que posso conseguir sozinha. Tem hora pra tudo, né?
  A timidez sempre foi uma das maiores barreiras da minha vida. Eu me sentia um e.t perto de outras pessoas. Dificilmente conseguia fazer alguma amizade verdadeira, do tipo bff. Mas hoje, hoje posso dizer que tenho comigo as melhores pessoas do mundo, onde nenhum km (quilometro) importa.
  Somos alternância de vidas. De fases. Metamorfoses ambulantes. O que nos forma é isso. Sonhos, desejos, jeitos, tudo o que já fui e sou. Conforme o tempo passa, vidas são deixadas para trás, para que novas possam escrever tudo de outra forma. Se não fosse assim, não teria graça.

Game over



  Já era tarde demais. Quando me dei conta, já estava completamente entregada ao seu joguinho de amor barato. Isso mesmo, aquele que você disse ser de verdade, sem ter o game over. A cada palavra que você usava para me iludir era uma vida que eu ganhava, até que em certa fase do jogo a verdade caiu sobre mim. O jogo acabou, mas eu não morri. Muitas lágrimas desabaram. Porém, isso tudo me fez ver que o amor não é assim. Não dá pra amar sozinha. Dói. É preciso que os dois lados se entreguem a isso. Quem sente mais normalmente é quem mais sofre.
 Alguns amores são assim, de fases, que acabam quando um atinge o outro, justamente como um jogo. Ninguém sai vitorioso, nem mesmo aquele que você chamou de seu. Quem ele vai iludir agora? Com quem vai passar seu tempo falando ao telefone enquanto não tinha nada melhor pra fazer? Pode ser que ele encontre outra por ai rapidinho com uma cantada barata no chat do Facebook. Mas de você, ah... Pode ter certeza que ele não vai se esquecer. Porque foi amor de verdade. Amor que ele não ligou. Não soube cuidar. Mas agora acabou. Passou.
The end.
Game over. 
  Já me recuperei e nunca mais clico em um start. Já sei como termina. Do amor, só quero aquele que seja correspondido. Afinal, de jogos a gente enjoa rapidinho.
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